“Vida antes da morte.
Força antes da fraqueza.
Jornada antes do destino.”
Roshar é um mundo devastado por tempestades cruéis, e como se isso não fosse o suficiente, os homens estão em guerra por território e vingança, em especial, após o assassinato do Rei Gavilar.
Quem possui maiores quantidades de Armaduras e Espadas Fractais, que tornam seus guerreiros praticamente invencíveis, tem maiores chances de vitória nas disputas localizadas nas Planícies Quebradas.
É nesse contexto que conhecemos as histórias do líder Dalinar Kholin, do guerreiro agora escravizado Kaladin, e da jovem estudiosa Shallan.
Dalinar é irmão do falecido Rei Gavilar e percebeu que está se tornando cada vez mais parecido com ele. Obcecado pelo antigo livro ‘O Caminho dos Reis’, Dalinar é um Luminobre honrado que sonha em unificar o reino em meio a uma guerra que se prolonga há anos.
Kaladin é filho de médico que passou a vida estudando e sonhando em se tornar um médico também, porém a vida obrigou-o a se juntar a essa mesma guerra, seja como guerreiro ou escravo. Mas as raízes de Kaladin sempre falaram mais alto, e ele acaba por se tornar uma inspiração em meio a homens desolados.
Enquanto isso, Shallan atravessa os mares para se tornar aprendiz da erudita sem fé mais conhecida do reino. Suas motivações podem ser boas, mas sua verdadeira missão não, mas ela está determinada, em especial, pois essa é a primeira vez na vida que deixa sua cidade e tem um objetivo verdadeiramente grandioso!

‘O Caminho dos Reis’ é o primeiro de uma saga de dez livros no melhor estilo Sanderson de ser: ele te deixa obcecado logo de cara!
A grande questão do começo do livro é: porque matar o Rei? Qual foi a motivação do inimigo, considerando que um tratado havia sido assinado momentos antes?
Algo clássico dos livros do Sanderson é você não saber logo de início qual o grande enredo da história. É preciso se jogar na leitura de corpo e alma para chegar nesse ponto que, geralmente, é revelado quase na metade do livro.
Mas o maior ponto positivo de ‘O Caminho dos Reis’ é que, apesar das mais de mil e duzentas páginas, o livro não fica chato, não fica lento ou sem propósito em momento algum. É surreal dizer isso considerando seu tamanho, mas quando terminei a leitura, eu simplesmente queria mais!
Uma história dessa magnitude de enredo, política e fantasia exige uma introdução longa e bem feita, caso contrário, o livro como um todo não funcionaria. E ele *precisa* funcionar, é o primeiro de dez calhamaços (que só crescem (amém)).

Kaladin foi de longe meu personagem favorito, todas as idas e vindas de sua história contada entre passado e presente fez do meu apego crescer sem limite, mas Adolinar também não ficou muito para trás, considerando toda a sua ética, código e moral em batalha e na forma de tratar seu exército. É impossível não passar o livro todo torcendo para que esses dois eventualmente se encontrem.
Brandon Sanderson introduz ‘O Caminho dos Reis’ nos contando que levou mais de 20 anos para publicar este livro pois ele sabia que seria a grande obra de sua vida, e não é pra menos, considerando que cada minuto que eu tinha livre, eu corria ler. E quando eu não estava lendo, eu com certeza estava pensando sobre o livro. Ele é um dos maiores nomes da Alta Fantasia atual e nem deveria existir discussão quanto a isso!
São poucos os livros que ainda me proporcionam a mesma sensação que esse livro proporcionou. A sensação de algo crescente, a agitação, a ansiedade, o apego e as teorias que se formam. Eu terminei o livro me sentindo viva, refletindo sobre COMO É BOM SER LEITOR! Fazia tempo que isso não acontecia.
Compre O Caminho dos Reis aqui e ajude o The Feminist Patronum a continuar crescendo!

