David Leitch, conhecido por dirigir ‘Atômica’ (2017), ‘Deadpool 2’ 2018) e o recente ‘Trem Bala’ (2022) retorna para conduzir o filme ‘O Dublê’. Um longa cheio de sequências de ação insanas e uma comédia feita na medida. Além disso, pode ser considerado uma homenagem a todas essas pessoas que dedicam o seu trabalho a situações arriscadas para melhor a imersão de quem assiste.
Nessa história, baseada no seriado de ação dos anos 80, temos o Colt Seavers interpretado por Ryan Gosling que, após um acidente de trabalho, se encontra afastado dos seus serviços como dublê. Contudo, ao descobrir que Jody Moreno (Emily Blunt), sua antiga colega de trabalho (e sua antiga paixão) o está convidando para trabalhar em seu primeiro filme, surge uma espacinho de esperança de reconquistá-la.

Para as pessoas que já viram ‘Trem Bala’ e gostaram muito da condução meio maluca da história vai ser mais fácil ainda se divertir com ‘O Dublê’. Aqui se utiliza um tipo de humor criativo e cria-se várias situações inesperadas que causam uma grande fixação pela narrativa. A trama, apesar de ser pouco inovadora, consegue te segurar até os créditos finais com a sua liberdade para fazer as mais diversas loucuras.
Aliás, é muito interessante ver um filme cheio que se passa, desde o início, em cenários de sets de filmagem e onde os personagens da narrativa trabalham com cinema. Parando para pensar, é algo que te conecta mais ainda com o dia a dia de um dublê.
A ação, que seria o carro chefe do longa, é muito bem coreografada e visualmente alucinante. Todas as lutas e momentos em que ela se faz presente temos sequência muito inventivas e críveis (dentro daquele universo). O ator Ryan Gosling ajuda muito nessa imersão que vem acompanhada também de muito humor corporal (algo que ele já entende bem como fazer).
Infelizmente, como nada é perfeito, temos sim alguns pontos baixos. A começar pelo casal Colt e Jody, que exalam a química de duas portas (daquelas sanfonadas ainda) o que é uma pena quando temos dois atores tão bons assim em cena; no clímax há um excesso de diálogos expositivos e que servem para explicar a “grande virada” o que é muito entediante (ninguém quer ver um monte de personagem narrando o filme que acabamos de ver!) e por fim, tem a forçação de um drama sem graça e bem com gostinho de novela
Em suma, ‘O Dublê’ é o filme perfeito para entrar no cinema e se divertir muito. Ele é criativo e carismático, o que com certeza irá fazer o telespectador se apaixonar.
O longa estreia em 2 de maio nos cinemas

