Daphne possuía todo o curso de sua vida definido quando, após a noite de despedida de solteiro, seu lindo e majestoso noivo retorna para casa e anuncia estar apaixonado pela melhor amiga de infância dele.
Quando tudo cai aos pedaços (inclusive sua dignidade) Daphne, sem ter para onde ir, aceita dividir apartamente com Miles, o ex da atual de seu ex. Não contente, eles decidem embarcar em um namoro de mentirinha para, bem… obviamente terem a sua vingança.
Em um livro divertido e romântico do jeitinho que apenas Emily Henry poderia escrever, a jornada de Daphne, até então resumida a se encaixar na rotina de seu ex, irá se expandir ao ponto dela finalmente encontrar um lugar para chamar de lar, em especial, pela presença desse cara desalinhado e barbudo que irá lhe mostrar quão bela as pequenas coisas podem ser.
“Nem te Conto” é um fake-dating (namoro de mentirinha) com friends to lovers (onde primeiro eles se tornam amigos) do qual eu costumo dizer que não é a minha trope favorita mas pelo único e exclusivo motivo dela me faz sofrer 10x mais que enemies to lovers (constantemente fictício para a vida real, enquanto o outro nem tanto).
Mas eu fui arrebatada logo de cara pela proposta autêntica e divertida com uma mensagem mega importante: nós somos mais do que o relacionamento que temos com parceiros ou familiares.
A quantidade de vezes em que me identifiquei com esse livro deveria ser considerada preocupante, desde as questões envolvendo os 30 anos de idade às inseguranças da protagonista constantemente retratadas com ela dizendo “está tudo bem, mesmo” seguido de um comentário auto depreciativo de si mesma.
Daphne é uma baita protagonista, Miles é encantador, e até mesmo os personagens secundários são maravilhosos e relevantes para o desenrolar do enredo.
Existem livros que não seriam tão gostosos de ler se fossem escritos por outras pessoas, esse é um deles.
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