Zendaya Maree Stoermer Coleman é uma mulher inspiradora: embora nós a conheçamos principalmente pelo seu papel na sociedade americana como atriz e ativista, ela é também cantora, compositora, dançarina, duble e modelo.

Nasceu em Oakland, no estado da Califórnia, a 1 de setembro de 1996. Embora o seu nome seja muito distinto, tem um significado poderoso – Zendaya significa “agradecer” em Shona, um dialeto Bantu nativo dos Shonas, um povo do Zimbabué. Embora pareça que essa menina roubou a beleza inteira do mundo só para ela, ela é parte de uma família de seis irmãos (quatro meninas e dois meninos), que tem origens alemãs pela parte da mãe e africanas pela parte do pai.

A sua carreira como modelo começou bem cedinho, lá para 2009, quando começou a ser representada pela agência Macy’s, Mervynsee e Old Navy. Foi destaque no anúncio de brinquedos da série iCarly, juntamente com Stephanie Scott. Também apareceu como back-up dancer num comercial do Disney Channel, estrelado por Selena Gomez.
Mas muitos de nós conhecemos Zendaya desde pequenos, ela foi uma das protagonistas do programa de sucesso do Disney Channel “Shake It Up” (No Ritmo), que não só, na personagem de Rocky Blue, nos deu a conhecer o trabalho de Zendaya como atriz e dançarina, como também como cantora – destacaram-se duas músicas com relação à série: “Watch Me” (em dueto com Bella Thorne) atingiu a 86ª posição na Billboard Hot 100 e “Something To Dance For”, entre outras.
A sua primeira música independente chamava-se “Swag It Out” e foi lançada em 2011. O seu primeiro papel no cinema foi-lhe atribuído no filme “Frenemies“, também pelo Disney Channel. No mesmo ano de 2012, ela assinou com a gravadora Hollywood Records. No início do ano seguinte, tornou-se concorrente na 16ª temporada do Dancing With The Stars – sendo, até à data, a concorrente mais jovem a aparecer no programa, e ficou como vice-campeã.

Lembra do contrato com a Hollywood Records? Bem, esse contrato foi “consumado” com o seu single de estreia, “Replay“, que explodiu, tomando a 40ª posição na Billboard Hot 100 e sendo certificado platina pela RIAA. O seu primeiro álbum de estúdio, de nome “Zendaya”, foi lançado a 17 de setembro de 2013 e estreou na Billboard 200 no número 21, vendendo mais de sete mil cópias apenas na primeira semana.
Em 2014, foi lançado “Zapped”, mais um filme original lá da Disney que contou com Zendaya como protagonista. Em Maio desse ano, Zendaya foi escolhida para ser a personagem principal de uma nova sitcom do canal – K.C. Undercover, que estreou a 19 de abril de 2015 no Brasil e que conta a história de uma estudante de ensino médio que treina para se tornar uma espiã secreta. No âmbito da série, foi lançada a música “Keep It Undercover”, que é até o tema de abertura da sitcom.

Zendaya revelou em 2015 que tem planos de criar uma linha de sapatos, em parceria com Law Roach, com sapatos “acessíveis” e de diferentes modelos. “Me inspiro em todas as meninas jovens e nas mulheres que trabalham e não querem necessariamente gastar ‘trilhões’ de dólares, mas querem um bom sapato“, disse ela, sobre querer fazer uma marca acessível para todo mundo.
Em 2016, conseguiu a sua primeira participação num filme: no caso, “Spider-Man: Homecoming”, que foi lançado em julho de 2017 e no qual ela interpreta Michelle Jones (aka MJ). O filme arrecadou 117 milhões de dólares logo no seu primeiro fim-de-semana de estreia. Em 2017, co-estrelou o filme musical “The Greatest Showman“, ao lado de nomes como Zac Efron e Hugh Jackman, incorporando a acrobata Anne Wheeles. No âmbito do filme, cantou a música “Rewrite The Stars”, junto com seu par amoroso da história, Philip, personagem de Zac.

Além de todos estes grandes papéis como modelo, atriz e dançarina, Zendaya Coleman destaca-se por ser ativista – pelos direitos das mulheres e de todos e por abraçar a diversidade cultural e de todas as formas de amor.
O seu Instagram está cheio de fotografias recheadas a apelos pela tolerância e aceitação e ela, como mulher negra, usa a plataforma para se posicionar, social e politicamente – o que influencia certamente os jovens de hoje em dia, tornando Zendaya um ícone que o mundo deveria seguir e, até, um ícone de que o mundo necessita de seguir para podermos estar em paz uns com os outros. Ocorreu ela fazer arrecadação de fundos para órfãos ou crianças necessitadas e espalhar como é importante, no mundo de hoje em dia, darmos as mãos e suportarmo-nos uns aos outros.
Lembram da marca de sapatos que eu falei? Ela realmente aconteceu, e era uma loja virtual fundada em 2016 chamada de “Daya by Zendaya” e que, para além de usar modelos lacradoras que não têm nada a ver com padrões e estereótipos estabelecidos pela sociedade, têm preços acessíveis a todo mundo, tal como ela planeava.

No Óscar de 2015, a figura de Zendaya teve muita repercussão e foi muito criticada por ela aparecer com dreads no cabelo. Mas, diva como ela é, respondeu à altura, tal como responde a todos os comentários machistas, depreciativos e racistas que aparecem pelo seu perfil:
“Existe uma linha ténue entre o que é engraçado e desrespeitoso. Alguém disse algo sobre meu cabelo no Oscar que me deixou preocupada. Não porque eu estava sendo criticada no programa, mas porque eu fui atingida por comentários ignorantes e puramente desrespeitosos. Dizer que uma garota de 18 anos com dreads cheira a óleo de patchouli ou maconha, não é só estereotipar, mas é também muito ofensivo. Eu geralmente não sinto a necessidade de responder a comentários negativos, mas certas coisas não podem passar batido. Quero que saibam que meu pai, meu irmão, meu melhor amigo de infância e meus primos, todos tem dreads. Quer saber o que Ava DuVernay (diretora de Selma, filme indicado ao Oscar), Ledisi (cantora, compositora e atriz 9 vezes indicada ao Grammy), Terry McMillan (autor), Vincent Brown (professor de Estudos Africanos e Afro-americanos na Universidade de Harvard), Heather Andrea Williams (historiadora com um doutorado em Harvard e um mestrado e pós-doutorado em Yale)e vários outros homens, mulheres e crianças tem em comum? Dreads. Nenhum deles cheira à maconha. Já existe um preconceito enorme quanto ao cabelo crespo na sociedade, até sem a ajuda de gente ignorante que escolhe julgar os outros baseado na curva de seus cabelos. Eu ter escolhido usar dreads nos cabelos no tapete vermelho do Oscar foi para mostrá-los de uma maneira positiva, lembrar as negras e negros e as pessoas com cabelo crespo que o nosso cabelo é bom sim. Pra mim, os dreads são um símbolo de força e beleza, quase como a juba de um leão. Sugiro que algumas pessoas escutem “I’m Not My Hair”, de India Aries, e reflitam um pouco antes de abrirem a boca tão rapidamente para julgar.”

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