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Resenha | Nada Fácil

Aos 22 anos, Ellie está em busca de uma vida normal: um emprego que pague suas contas, um lugar confortável para morar, amigos e sexo casual.

Ela perdeu sua virgindade recentemente e acreditava que, agora que não havia mais hímen para ela, sua vida sexual se tornaria muito mais simples.

Não foi o que aconteceu.

Nada Fácil é um livro leve e divertido, que pode refletir as inseguranças de grande parte das pessoas, mas em especial das mulheres.

O livro começa com Ellie se instalando em sua nova casa em Londres, durante uma discussão com seus 3 amigos sobre quem deve ficar com os quartos de casal e quem ficará com o único de solteiro.

Para eles, Ellie era a escolha óbvia para o quarto de solteiro, já que ela não namorava e raramente tinha encontros.

Ellie decide então mudar isso, chegou o momento de conhecer novos caras!

Suas amigas a incentivam a entrar no mundo dos aplicativos para relacionamento, sua escolha foi o OkCupid, já que para ela o Tinder é apenas para sexo rápido, e ela queria saber um pouco mais sobre a pessoa antes.

Claro que os encontros não foram como planejado.

Entre homens com hemorragia nasal em cima dela durante um beijo, e homens com depilação íntima, Ellie começa a se questionar se talvez ela não seja o problema de seus relacionamentos.

“O pensamento de ficar completamente nua na frente de uma cara qualquer era aterrorizante. Ele veria meu corpo rechonchudo, as marcas estranhas do meu bronzeado, meus pelos pubianos… E se ele me julgasse? Pior, se me rejeitasse?” – pág. 88

Mas o livro não se resume à vida sexual de Ellie apenas, aqui vemos o desafio diário dela em conseguir o respeito de sua chefe e a liberdade de começar a escrever sua própria coluna para a revista London Mag, ao invés de simplesmente continuar fazendo toda a pesquisa dos conteúdos e permitindo outros redatores a escreverem o texto.

Quando sua chefe escuta Ellie desabafando ao telefone com uma de suas amigas sobre seus encontros fracassados, ela finalmente conquista a chance de começar a trabalhar em sua coluna, o problema é: ela precisaria escrever, com detalhes, sobre seus humilhantes encontros, e ainda publicar assinando com seu próprio nome, não anonimamente.

De uma maneira cômica, o livro levanta questões como as dificuldades de um recém-formado em conseguir um emprego remunerado, as inseguranças que vive uma mulher em relação a seu corpo e suas experiências sexuais, e como pode ser frustrante fazer as escolhas erradas e não conseguir encontrar o caminho correto por conta própria, além de abordar os desafios sobre uma família que não aceita suas escolhas.

“Já conversamos sobre isso. Não vamos usar “puta” no sentido negativo. Pegue a palavra e resgate seu sentido para o significado que você quiser. Foda-se o que o mundo diz.” – pág. 162

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