Homecoming: um filme feito por Beyoncé

A edição de 2019 do Coachella está acontecendo, mas nós não podemos evitar ainda estarmos presos no icônico Beychella.

Homecoming’ o tão esperado documentário de Beyoncé no festival – e que leva esse nome pelo show ter sido inspirado por bailes estudantis – foi recém-lançado pela Netflix, junto com um álbum com todas as músicas cantadas ao-vivo no evento. O show conta também com participações mais que especiais, com direito a um revival do amado trio Destiny’s Child.

Como a primeira mulher negra a pisar no palco do tão estimado festival de música, Beyonce fez história. A cantora por si só é um evento e nós já estamos familiarizados – mas de alguma forma sempre surpreendidos – com suas apresentações grandiosas. Vocais magníficos, figurinos sensuais e cheios de personalidade, e coreografias espetaculares que, como a própria estrela explica: são muito mais sobre sensações do que técnicas, são uma pequena parte do grande pacote do qual Queen B é responsável. No entanto, é importante deixar claro que a produção não se trata de apenas um concerto, ela traz um aspecto político e cultural muito forte e milimetricamente pensado pela artista.

Dessa vez, a Sra. Carter vem com um propósito diferenciado: exaltar a cultura negra, evocar o discurso de representatividade e homenagear as HBCUs. Pouco conhecidas no Brasil, são universidades historicamente negras dos EUA que foram estabelecidas antes da Lei dos Direitos Civis de 1964, conquistada pela luta do povo negro estadunidense.

“Quando decidi cantar no Coachella, em vez de usar minha coroa de flores, era mais importante levar a nossa cultura ao festival.”

Durante o documentário, são exibidas frases de diversas personalidades negras, muitas delas que estudaram nas HBCUs, como a ativista Marian Wright Edelman, Alice Walker, Toni Morrison, entre outros. Também foram homenageados a escritora Maya Angelou, Chimamanda Ngozi Adichie e Audre Lorde.

A produção revela também como foram os longos meses de ensaio, com foque nos desafios que Beyoncé teve de encarar para conciliar seu trabalho como mãe e como artista. Ela ainda estava se recuperando do parto dos gêmeos, Sir e Rumi Carter, quando começou a preparar a apresentação de duas noites. A cantora revela seu lado mais humano – pouco alcançado pelo público já que sempre preferiu manter sua vida pessoal, pessoal – cheio de inseguranças e segundo ela, com medo de nunca conseguir voltar a ser o que era criativamente e fisicamente antes de dar a luz, além de compartilhar momentos íntimos com a primogênita Blue-Ivy.

Beyoncé é a cabeça de tudo. Enquanto se dedicava a sua família, escreveu, dirigiu, produziu e narrou todo o documentário, pensou em cada detalhe do show e isso fica claro pois tudo tem um toque de sua personalidade. Quis fazer e fez tudo do zero, com originalidade, intenção, sensibilidade e muito black power. Parecendo mesmo como um membro da realeza ao som da aclamada Crazy in Love, não poderíamos esperar menos da rainha.

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