Será o mundo sem feminismo igual ao mundo onde todos vivemos?

Algumas mulheres dizem que “o feminismo não as representa”. E, se formos fazer contas, não são tão poucas quanto isso. Outros pensam que o feminismo não passa de uma versão do machismo adaptado ao sexo feminino – em que o maior objetivo dos apoiantes deste movimento é sobrepor-se aos homens e roubar-lhes os seus direitos.

Seja por falta de ensinamento em casa, por serem conduzidos a acreditar em algo que não é verdade ou apenas por não saberem o que implica na verdade esta causa, algumas pessoas opõem-se ao feminismo: como é o caso do “amado” Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, e de alguns dos seus apoiantes.

O post de hoje aqui do TFP é dedicado exatamente a essas pessoas, que têm do feminismo uma ideia distorcida de algo maléfico. Por momentos, a “Fada da Realidade” vai mostrar-nos como seria um mundo, se mulheres guerreiras e a favor da igualdade nunca tivessem surgido.

Não se esqueça de aparecer lá nas nossas mídias sociais (Twitter ou Instagram) para conversar connosco sobre a sua opinião neste assunto. Vamos ao artigo, então!

Sem feminismo, o nosso mundo seria completamente diferente do que é hoje em dia. É difícil prever quando é que esta causa surgiu, já que ela sempre esteve dentro das mulheres – em tempos complicados e governados por homens, o sexo feminino e o seu brilho eram sufocados pela crueldade da sociedade.

Todos os direitos conquistados pelas mulheres até agora – mulheres que sofreram, viram as suas famílias e amigas assassinadas, mulheres que lutaram e algumas que até morreram – desapareceriam com o feminismo.

De manhã, na hora de escolher roupa, jamais poderia usar calças. Este direito tão simples só foi adquirido nos finais do século dezanove. Era uma indumentária exclusiva de homens.

De manhã, provavelmente nem sairíamos para o trabalho: a função exclusiva das mulheres, que lhes era imposta pelo machismo, era cuidar dos filhos e da casa. Nada mais do que isso. As mulheres começaram a ter trabalho principalmente após a Primeira Guerra Mundial, quando os homens, obrigados a ir para a Guerra, foram massacrados. Muitos deles não voltaram, e a economia não podia parar: apenas por esse motivo o sexo feminino começou a ser escalado para trabalhar.

Nem sequer teríamos estudado! No Brasil, este direito só foi conquistado em 1827, devido ao trabalho de Nídia Floresta – considerada a “mãe” do feminismo brasileiro e latino-americano, que publicou o livro “Direitos das mulheres e injustiça dos homens”.

E, por falar em educação… Na hora de escolher governantes para o país, não poderíamos sequer dar a nossa opinião com o voto. Este direito foi conquistado pelo Movimento Sufragista, um conjunto de mulheres que eram mortas e perseguidas na sua luta pelo direito feminino ao voto. É graças a elas – que literalmente morreram para que outras pudessem usufruir de algo que elas nunca tiveram chance – que podemos hoje dar o nosso testemunho no que é melhor para os nossos países, mesmo que, por vezes, não escolhamos o mais acertado.

E, por mais chocante que soe, apenas em 1962 (sim, há pouco mais de cinquenta anos!) foi sancionado o Estatuto da Mulher Casada. Esta lei instituiu que a mulher não precisa da permissão do marido para trabalhar, receber herança e até pedir a guarda dos filhos em caso de divórcio!

E, por último, a Lei Maria da Penha, que veio a ser conquistada em 2006 como uma das mais importantes contra a violência doméstica em território brasileiro. Desde então, surgiu também a Lei do Feminicídio (de 2015), que diminuiu a tolerância da justiça nos casos de assassinato e morte de mulheres.

Além destes direitos, milhares de outros foram alcançados ao longo dos anos. Como seria o mundo sem eles?

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