Peaky Blinders é a história de uma família gangster, ambientada em Birmingham, Inglaterra, em 1919, meses após o fim da Primeira Guerra Mundial. A história é centrada na gangue Peaky Blinders, liderada pelo veterano Tommy Shelby, e são assim chamados por carregarem lâminas em seus chapéus, ganhando dinheiro com apostas ilegais e no mercado negro. Tommy, por engano, apropria-se de armas que foram roubadas da fábrica de armas local e o inspetor Campbell vem da Irlanda enviado pelo ministro Winston Churchill para recuperá-las. A tia de Tommy, Polly, pede que ele devolva, mas ele vê a oportunidade de usá-las para sua vantagem.
Cada temporada só tem 6 episódios, alguns são meio pesados, visualmente e psicologicamente, mas dá pra maratonar sim (a série toda está disponível na Netflix!) e aproveitar que a próxima temporada estará aqui em apenas alguns dias. Existem dezenas de motivos pra se assistir mas aqui colocarei alguns pontos principais que pra mim fazem da série uma experiência que vale a pena ser vivida.
1. Os Atores

Com um elenco de primeira desde o episódio piloto a série traz atores incríveis, entre eles estão: Cillian Murphy, Helen McCrory, Paul Anderson, Sophie Rundle, Sam Neill, Tom Hardy, Adrien Brody e Aiden Gillen. Sam Claflin e Anya Taylor-Joy parecerão pela primeira vez na quinta temporada.
Alguns deles não estão na série desde o começo mas sua adição no elenco mostra que são os atores perfeitos para seus respectivos personagens, trazendo atuações impecáveis e melhorando a série a cada vez que aparecem.
2. O enredo

Os personagens têm tempo de crescer e se desenvolver e até os personagens secundários têm grande importância na história, sendo essenciais para o enredo dos principais. A história não tem tantas reviravoltas assim mas o que me surpreendeu foi como eu fui mudando de opinião sobre personagens que achei que já sabia como me sentiria sobre. Arthur Shelby, o mais velho dos irmãos, foi o que mais me surpreendeu.
A série não é só de ação nem só de diálogos. Sim, pode ser um pouco lenta pra alguns, o enredo leva seu tempo para se desenvolver mas os diálogos são extraordinários e as brigas são maravilhosas visualmente.
Curiosidade: a série não tem uma sequência de abertura. No começo de cada episódio temos “Red Right Hand” de Nick Cave & The Bad Seeds tocando e uma cena já acontecendo, portanto não é porque você ouviu a música no começo que pode pular, preste atenção pois o episódio já começou!
3. Trilha sonora

Dizer que as músicas de Peaky Blinders são bem escolhidas é minimizar o quão perfeitamente cada música adiciona uma valor à história que está sendo contada. Além de músicas da época (anos 20) temos bandas como Nick Cave & The Bad Seeds, Arctic Monkeys, PJ Harvey, The White Stripes e Johnny Cash.
4. O psicológico dos personagens

Alguns dos homens que voltaram da guerra estão sofrendo de ansiedade, stress pós traumático e depressão, e a série trata esses assunto de uma forma muito boa. As mulheres também têm seu lado psicológico retratado e suas cenas são bem escritas e perfeitamente encenadas. Todos os atores fazem um ótimo trabalho ao mostrar os dois lados de seus personagens: o membro de uma gangue violenta e a pessoa por trás dessa faceta.
5. O visual

A série já ganhou um Bafta TV Craft por fotografia e iluminação e em 2015 ganhou um BAFTA de melhor design de produção. A fotografia, cinematografia, figurinos e até mesmo a iluminação fazem a série se destacar. A direção de arte é fantástica e Peaky Blinders é um presente para os olhos.
6. As mulheres

As mulheres de Peaky Blinders estão as que eu mais amo em todas as séries que já assisti. Cada uma tem uma personalidade bem forte e são bem diferentes umas das outras, mas todas são bem badass e os diálogos em que fazem parte também mostram que elas têm alto valor de contribuição na história e que não serão deixadas pra trás. Infelizmente não estão em muitas cenas de ação mas os diálogos entre elas, ou em cenas com sérias com os homens, são impecáveis. Polly é sem dúvidas minha favorita.

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