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1917 merece o Oscar?

Quando você vai ao cinema esperando mais um filme sobre guerra, e volta com a sensação de ter vivido uma guerra de fato mas não da forma como imaginava, já é sinônimo de uma experiência muito positiva.

1917 conta a história de dois jovens soldados britânicos da Primeira Guerra Mundial que recebem uma “simples” missão: atravessar todo um campo de guerra para chegar a outra divisão do exército e impedir que 1.600 soldados morram em uma armadilha alemã.

O filme, que é todo filmado em plano-sequência, ou seja, não possui cortes ou pausas em suas cenas, é intenso do início ao fim. Mas se você se pergunta o que faz dele tão especial ao ponto de levar para casa o Globo de Ouro de Melhor Filme de Drama e Melhor Diretor para Sam Mendes e estar concorrendo ao Oscar, eu estou aqui para te provar que ele merece SIM todo o reconhecimento que vem recebendo.

Esse não é apenas mais um filme sobre guerra, muito pelo contrário, em alguns momentos você sente que a guerra em si é apenas o segundo plano da história. Em primeiro plano temos o desenvolvimento impecável do personagem (baseado em fatos reais) William Schofield (George MacKay), que foi escolhido pelo seu parceiro Blake (Dean Charles Chapman) a se juntar a ele nessa missão e não apenas salvar os 1.600 soldados, como também salvar o irmão de Blake, o Tenente dessa outra divisão.

Em um filme sem cortes já é normal a sensação de não haver pausa para respirar, mas 1917 se torna um caso a parte nesse quesito quando ele mescla a sensação de um filme sem respiro com cenas de ação intensas e uma câmera que coloca quem está assistindo dentro da ação, como se fosse mais um personagem em cena.

A união faz a força literalmente nesse enredo, é extremamente claro que a história apenas desenrola da forma que acontece porque os homens em batalha, e até mesmo o inimigo em alguns momentos, precisam se ajudar e lutar pela causa do outro. “Sim, histórias de soldados em guerra acontece assim mesmo”, depende, a ideia de uma guerra em que as pessoas estão ali por amor ao país e consideração pelo o que estão fazendo não é abordada nesse filme, e sim homens exaustos e desesperados por informações de quando essa guerra finalmente acabará para que todos possam voltar para suas famílias. São todos humanos no fim.

Um filme ousado e inovador, que busca criar uma experiência surreal mesclando imagem, ação, grandes atuações, trilha sonora incrível e grandes cargas emocionais. Enquanto a maioria dos filmes hoje em dia são basicamente a mesma coisa e só se preocupam com a mesma coisa: fazer bilheteria, 1917 não é um filme para todos, 1917 é um filme para quem busca sair do cinema com a sensação de ter vivido os últimos 120 minutos em um universo alternativo.

E se você, como eu, adora ver filmes com participações especiais de grandes atores da atualidade, se prepare para se deparar com Benedict Cumberbatch, Andrew Scott, Richard Madden, Colin Firth, entre outros, dando uma rápida passada em 1917.

Dirigido por Sam Mendes (007-Operação Skyfall e Beleza Americana), 1917 chega aos cinemas brasileiros em 23 de Janeiro e vale seu ingresso!

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