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Brie Larson não merece o ódio gratuito que recebe

Há cerca de 1 semana, Brie Larson criou um canal no YouTube. Em seu primeiro upload, ela explica a decisão de gravar vídeos, pede dicas para outros youtubers sobre quais assuntos abordar na plataforma e compartilha causos divertidos da vida real, como quando expulsou um antigo namorado de casa para jogar Super Mario Galaxy no Nintendo Wii. “Ele disse que eu estava levando isso muito a sério. Então eu o joguei para fora da minha casa.” disse, rindo. Errada não tá, né?

Além disso, ela também fala da importância de usar sua visibilidade como atriz (vale lembrar que ela ganhou o Oscar de melhor atriz por “O Quarto de Jack”) para criar conteúdos sobre causas sociais e humanitárias, e até compartilha uma lista de influenciadores negros que estão se movimentando em prol do Black Lives Matter. Mesmo assim, até o momento em que esse texto está sendo escrito, o vídeo já foi assistido por 1,4 milhões de pessoas e tem 114 mil deslikes versus 138 mil likes.

Afinal, por que ela está recebendo tanto ódio gratuito?

A resposta tem muito a ver com o papel mais famoso da atriz: o de Carol Danvers em Capitã Marvel. O filme solo foi bastante criticado desde a divulgação do primeiro trailer, ainda no fim de 2018. Quando o longa foi lançado no ano seguinte, além dos comentários vieram as avaliações negativas. No Rotten Tomatoes, por exemplo, a aprovação do público é de 48%, um dos piores resultados entre os filmes da MCU.

Porém, não é uma questão de atuação ou de narrativa. Muitos fãs – homens, em sua maioria – não gostaram do fato de que uma mulher foi escolhida para o papel de super-heroína mais poderosa do Universo Marvel, já que nos quadrinhos de 1968, Mar-Vell é originalmente um homem e Carol Danvers só se torna a personagem principal da história a partir dos anos 70, com o crescimento do movimento feminista.

Claro que com a demanda do público feminino geek por representatividade faz sentido a escolha desse viés para a estreia da protagonista, mas não significa que é uma história menos válida de ser contada. O filme ter arrecadado 1,1 bilhão de dólares no mundo inteiro e Capitã Marvel 2 estar previsto para 2021 são fatos que provam isso.

Porém, fica a questão: por que a história de uma personagem feminina ganhando destaque como a mais poderosa em uma franquia de super-heróis – homens, em sua maioria – é realmente vista como um incômodo em pleno século XXI? No fim das contas, o ódio gratuito recai sobre a atriz.

Independente das opiniões, Brie mostrou que veio ao YouTube para ficar (pelo menos por agora). Com 258 mil inscritos, ela lançou hoje um segundo vídeo. O que só mostra que tanto nas redes sociais quanto no cinema, ela vai continuar fazendo o que quer – e sempre com muita qualidade.

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