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Crítica | Convenção das Bruxas (2020)

Com toda certeza, “Convenção das Bruxas” foi um dos clássicos de “sessão da tarde” dos anos 90 e foi o pesadelo de várias crianças da época por um bom tempo. A história contava sobre um grupo de bruxas que decidiram caçar crianças e transforma-las em ratos. Após 30 anos deste feito, a Warner Bros. traz um remake dessa história, o que (honestamente) não pareceu dar tão certo assim.

Quando falamos de remake, trata-se de uma “regravação” de uma antiga história, onde o filme é baseado na obra original, tendo apenas um novo elenco e uma linguagem mais atual, para um público mais atual, o que não acontece. A história atual conta sobre um jovem que perde os pais e acaba ficando aos cuidados de sua avó em 1967, sendo que a história original se passa em 1990. Este detalhe acaba fazendo com que a trama se destoe, perdendo o sentido de um remake que, na verdade, acaba se passando antes mesmo da história original.

A trama de Robert Zemeckis (de “De Volta Para O Futuro”) promete uma narrativa mais simples e leve, pelo filme ser voltado ao público infantil, e isso funciona bem até certo ponto. No primeiro momento do filme você facilmente cria empatia pelos personagens principais e se envolve com a história, mas as coisas realmente só começam a acontecer quando, depois de um encontro com uma bruxa, o personagem de Jahzir Bruno e sua avó resolvem passar o final de semana em um hotel luxuoso. Aquela famosa situação de “lugar errado, na hora errada”.

No entanto, se algo saiu certo nisso, foi a escalação de Anne Hathaway para o papel de líder das bruxas. Durante o período de divulgação do filme, Anne compartilhou diversos processos da montagem de sua personagem no filme, e tanto seu visual como sua performance, não deixaram a desejar.

Um ponto negativo sobre a filme, que acabou gerando grande polêmica foi o fator das bruxas terem membros deformados, o que não é um elemento da história original (tanto livro quanto filme). Os dedos das mãos e dos pés das bruxas foi visto por muitos como uma forma de capacitismo, gerando certo pavor e desconforto. Muitas pessoas com deficiências de deformação trouxeram a pauta à tona, inclusive a própria Hathaway chegou a se pronunciar publicamente pedindo desculpas pela forma como isso ficou no filme, de que nunca foi esta a intenção e de que a mesma sentia muito por isso.

O filme tem sua carga boa de comédia e drama muito bem colocadas, onde há espaço para rir, segurar o folego, se emocionar. Em um modo geral, o filme tem o seu lado bom e seus pontos positivos, como uma belíssima fotografia, com efeitos especiais muito bem executados que não causam estranhamento como em certos casos de remakes mais recentes. Assim como geralmente reboots e remakes acabam se tornando divisores de águas e causando muitas controversas, Convenção das Bruxas não fica atrás.

Aos olhos do público infantojuvenil, o filme pode ser um programa divertido de se fazer com a família no cinema, mas ao público com mais idade, atento aos detalhes, as “pequenas falhas” se tornam maior do que os pontos positivos do filme.

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