Devido a uma primeira temporada muito bem realizada, “The Mandalorian” conseguiu conquistar todos os públicos, ambos estavam excitados e curiosos pelo seu próximo ano, e este, sem sombras de dúvidas, conseguiu entregar gostosas surpresas.
A dinâmica de vários diretores está presente novamente, porém alguns, como Deborah Chow e Taika Waititi, saíram para dar espaço a novos nomes (Peyton Reed, Jon Favreau, Robert Rodriguez e Carl Wheathers), isso possibilitou a presença de outas dinâmicas, e olhares, dentro daquela narrativa já pré estabelecida. Além disso, Rick Famuyiwa (Diretor nigeriano que, junto de Dave Filoni, foi quem mais dirigiu episódios na série inteira) retorna no episódio 7, neste ele, que também escreveu o roteiro, constrói uma ambiente de tensão tão sufocante que, o telespectador não consegue desgrudar os olhos da tela ou acaba por comemorar a chegada de Stormtroppers. Os outros diretores também fizeram trabalhos excelentes, Favraeu conduziu o primeiro episódio deste novo ano muito bem e no fim ainda inseriu uma troca de lente tão sútil (na hora que é inserida e retirada) e significativa, que serviu para que nós víssemos mais daquela batalha com o “Minhocão gigante”, já a diretora Bryce Dallas Howard referenciou a cena de “Apollo 13” (filme dirigido por Ron Howard, seu pai) no episódio 3 de forma tão evidente que acabou indo parar nos assuntos mais comentados do twitter. Os outros também merecem ter seu trabalho reconhecido, mas isso levaria mais um parágrafo inteiro e não sobraria espaço para o restante da crítica.
Em relação a narrativa, podemos dizer que essa está sempre “cruzando com alguém”, assim como em seu primeiro ano, temos o objetivo principal que acaba sendo bem interrompido, pois Din Djarin (Pedro Pascal) sempre precisa fazer e cumprir acordos que, apesar de divertidos, podem tirar um pouco do foco real. Há um equilíbrio na dinâmica dos episódios, temos uns que não levam a lugar nenhum (Alôôô, episódio 2) e outros que finalmente revelam coisas sobre o passado de Baby Yoda (ou Grogu, se preferir).
Tivemos alguns personagens que foram trazidos de volta da saga original e outros que finalmente vieram para o mundo live-action, isso agradou muito a maior parte do público, já que um fan-service (BEM FEITO!) é sempre bem-vindo, como também fez alguns darem uma “torcida de nariz”. A direção de personagens continua bem conduzida e as atuação convincentes.
Chegamos em uma das partes que mais ditam o clima de uma produção: o som e a trilha! A Mixagem de Som (trabalho que envolve adicionar, diminuir e mesclar os sons dentro de uma produção), principalmente no último episódio, foi a grande causa dos seus gritos e lágrimas, pois ela trabalha muito bem a trilha original de Ludwig Goransson, que, aliás, consegue reprisar o feito da última temporada e ainda dar uma cara nova para esta.
O final da temporada, deixa algumas (muitas) pontas para o futuro; um vilão que possui um exército que promete demais e realiza de menos; cena pós credito (em seu último episódio) e consegue reprisa o feito de agradar desde o público mais saudosista e até o mais novinho, sem estragar tudo. As duas temporadas da série estão disponíveis no Disney+.
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