Quando Martin Scorsese disse que cinema é “seres humanos tentando converter suas experiências emocionais e psicológicas para outros seres humanos” era de filmes como esse que ele estava se referindo.

Dirigido e escrito por Eliza Hittman, o filme acompanha Autumn, uma adolescente de 17 anos que está gravida, mas decide interromper a gravidez. Por morar no interior da Pensilvânia, Autumn se vê obrigada a ir até Nova Iorque com sua prima para procurar assistência médica.
O filme é empático e delicado em todos os sentidos, podemos perceber nos mínimos detalhes como Eliza Hittman se preocupou em manter a narrativa o mais real possível, sendo praticamente pessoal.
Sem grandes diálogos ou plots no roteiro, acompanhamos um relato que poderia ter sido vivido por qualquer conhecida. O filme não está preocupado em te entregar uma grande heroína ou em mudar sua perspectiva sobre o aborto, ele mostra a vida real, e essa se torna a “beleza” da drama.
Estrelado por Sidney Flanigan e Talia Ryder, esse é o primeiro filme das atrizes, mas posso dizer com tranquilidade, são performances fenomenais. Sidney foi capaz de entregar algo cheio de nuances, mesmo com poucas falas, a atriz entregou toda a dor emocional e psicológica vivida pela personagem. Não ficaria surpresa se ela fosse indicada ao Oscar de Melhor Atriz.
Você vai terminar o filme com o coração apertado e lágrimas nos olhos.
Espero ver mais das atrizes e da diretora, elas ganharam minha total admiração.
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