Nona, traz a história de uma senhora que vive praticamente isolada na vila Pichilemu, no Chile. Desde a cena inicial você fica intrigado, afinal… (sem spoiler). Na região, há recorrentes incêndios, que os moradores atribuem ao próprio Diabo, mesmo quando os peritos atribuem como intencionais, criminosos.

A dúvida sobre o que está acontecendo e o que está por vir é muito marcada pelos diálogos, que não induzem a nenhuma resolução, muito pelo contrário, são conversas rotineiras ou do passado e curtas.
O aspecto visual é muito bem produzido, com uma fotografia que acompanha a trama ao utilizar tons quentes e takes longos. Aliado a isso, grande parte das cenas são feitas no formato de falso arquivo pessoal.
O figurino de Nona também carrega essa característica das cores, nos momentos referentes ao fogo, utiliza roupas vermelhas, ao se referir a água: azul.
O filme até a primeira metade, parece ser um pouco arrastado, por apresentar situações isoladas, que deixa o espectador sem entender, mas isso é um pouco característico dos filmes latinos, e para os que têm o hábito instaurado de consumir o cinema norte americano com filmes frenéticos e cheios de ação podem se cansar facilmente.
De modo geral, o filme não segue uma linha tênue entre presente e futuro. Mas brinca com os acontecimentos de modo não linear. No fim, todas as pontas soltas são solucionadas.
Dirigido por Camila José Donoso, o longa é uma parceria entre Chile, Brasil, França e Coreia do Sul. Foi selecionado para o Festival de Rotterdam, que aconteceu entre 23 de janeiro e 3 de fevereiro de 2019.
Estreia dia 18 de fevereiro nos cinemas brasileiros
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