O livro, escrito por Margaret Atwood (autora de O conto da Aia) narra a trajetória de Grace Marks, acusada de assassinar seu pratão- Thomas Kinnear- e a governanta (amante de Thomas) da casa onde trabalha, Nancy Montgomery-, junto com James McDermott, que também trabalha para a família Kinnear. A trama se passa no Canadá no século XIX e apenas com 16 anos, Grace enfrenta um longo julgamento e jogos psicológicos a fim de descobrir sua parcela de culpa na história, ou não.

Os fatos são narrados pela própria Grace e outros capítulos são contados pelo Dr. Simon Jordan, especialista em doenças mentais, convocado para estudar a principal suspeita dos crimes e o que levou a comete-los, além de coletar depoimentos. Ao apresentar sintomas de histeria, Grace passa a ser desacreditada pela justiça, sendo vista como louca. Por isso, com a repercussão do julgamento na mídia da época, muitos consideravam Grace culpada.
Porém, como Grace não tinha lembranças do ocorrido, escapou da sentença máxima: a forca. Condenada à prisão perpétua, Grace então passa a vagar entre asilos e sendo exposta como um exemplo do crime, como uma mera atração para a curiosidade alheia.
O livro e a série da Netflix de mesmo nome são baseados em fatos reais, onde o crime realmente aconteceu e até hoje não se sabe realmente se Grace o cometeu de fato ou não. Teria James McDermott, seu suposto parceiro no crime, armado para ela? E enquanto nossa personagem principal passa a vida em prisões, James encerra seu destino sendo condenado ao enforcamento.

Em suma, o livro não foi fácil de ler e por ser muito extenso, se perdeu em alguns momentos. Durante toda a leitura, me peguei pensando no caso e seus desdobramentos na época em que ocorreu. E Margaret Atwood, com maestria, tenta ao máximo esconder alguns detalhes da história da protagonista para que o leitor forme sua opinião sobre ela. Teria ela realmente cometido os crimes? Teria seu parceiro, James McDermott armado para Grace? Cabe ao leitor então, presumir.

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