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19 de junho | Dia do Cinema Nacional

O dia 19 de junho é marcado pela comemoração do dia do cinema nacional, entretenimento esse que segue trazendo muita felicidade, conforto e reconhecimento ao Brasil.

A cena de cinema nacional é muito rica e diversificada, mesmo não sendo tão explorada, o brasileiro encontrou há pouco tempo, com a era do streaming, grandes produções, independentes e grandiosas do nosso cinema. Mesmo com todo sucateamento vindo do Governo Federal, não incentivo do ministério da cultura e falta de reconhecimento, hoje, mais do que nunca devemos celebrar os artistas que não desistem por falta de orçamento, falta de edital e de quem acredita que as questões ganham potência de discussão e transformação em uma tela grande.

FALTA DE ACESSIBILIDADE:

O que muita gente não sabe é que muitos lugares no Brasil ainda não possuem acesso ao cinema e que boa parte da população não residente de grandes capitais nunca foi ao cinema. Essa questão já foi tema de um filme brasileiro, chamado “Tapete Vermelho”, estrelado por Gorete Milagres e Matheus Nachtergaele.

Em 2015, foi feita uma pesquisa, liberada no Festival de Cinema Brasileiro do Rio de Janeiro, onde apontou que 46% da população brasileira não tinha acesso ao cinema. Um dos fatores desse distanciamento do público ao cinema é devido a desigualdade regional, tendo em vista que, na maioria das vezes, as salas de cinema estão concentradas em áreas privilegiadas socioeconomicamente e as que estão em áreas populares, possuem ingressos mais caros.

Os filmes nacionais, em sua grande parte, contam histórias de várias culturas locais de diferentes estados do Brasil. Entretanto, boa parte desse público local não tem ou nunca teve acesso ao cinema. Um dos exemplos disso é o que ocorreu antes do lançamento do filme Bacurau, filmado em Parelhas (RN), e a sala de cinema mais próxima de lá fica à 100km de distância do local. Por isso, a produção do filme retornou ao povoado antes de ser lançado nacionalmente para que a população que não teria como ir ver o filme no cinema, pudesse prestigiar o filme que fizeram parte do seu próprio povoado.

O INÍCIO:

O cinema brasileiro é rico, cheio de cultura e pouco conhecido. O início do cinema brasileiro foi em 1898, com sua primeira exibição no Estado do Rio de Janeiro. Sua primeira produção cinematográfica foi um curta-metragem com imagens da vista da Baía de Guanabara feita por Afonso Segreto, o primeiro cinegrafista e diretor do Brasil.

Uma década depois, os cinemas se espalharam por todo o país, principalmente nas regiões de São Paulo e do Rio, e foram criadas diversas produções cinematográficas muito importantes, como Alô, Alô, Carnaval de Ademar Gonzaga, que lançou a artista Carmen Mirando à fama. Durante a ditadura militar (1964 – 1985), o cinema se tornou uma ferramenta de manifestação fazendo muitas críticas ao governo da época. A ditadura acabou falindo muitos estúdios que não possuíam dinheiro para continuar suas produções, o que dificultou o crescimento do cinema.

Contudo, criou-se a Empresa Brasileira de Filmes (Embrafilme) que com a concentração de recursos para filmes e devido a diversos outros fatores, como o sucesso dos filmes dos Trapalhões para o público infantil, fez com que os anos 70 alcançasse um enorme patamar na história do cinema. Segundo o Market Share, a proporção de filmes lançados no país, no início da década de 80, foi de 35% com mais de 3 mil salas de cinema, ou seja, até meados dos anos 80, o povo brasileiro tinha preferência em assistir filmes nacionais.

Durante o processo de redemocratização, uma crise econômica abalou o mercado audiovisual e das 3 mil salas de cinema, em 1995, o Brasil passou a ter apenas 1.033. Com a criação da Globo Filmes em 1998, o cinema brasileiro se tornou internacional, trazendo filmes como Cidade de Deus, Carandiru e Central do Brasil, atraindo críticas especializadas e ampliando sua audiêncpia.

A IMPORTÂNCIA:

A democratização da sétima arte é de extrema importância para o exercício do

pensamento crítico da população desfavorecida. Qualquer filme assistido é um novo aprendizado, uma nova forma de pensar e ver o mundo. Sendo assim, é necessário que a Ancine e a Lei do Audiovisual tenham verbas para incentivar essas pessoas a mudarem seus pensamentos através da arte. A Ancine vem sofrendo com censura, corte de verbas nas produções audiovisuais e diversas ameaças. O acesso à cultura e a democratização do cinema estão interligadas.

INDICAÇÕES

Filmes:

  • Tapete Vermelho
  • Reflexões de um Liquidificador
  • Dona Flor e Seus Dois Maridos (2017)

Séries:

  • Impuros
  • Bom dia, Verônica
  • Onde Está Meu Coração

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