O piloto da série reuniu referências a antigos personagens, debate de temas sociais e mostrou que pode agradar o público antigo e ganhar atenção de novos fãs.
A HBO Max estreou no dia 8 de julho o reboot de uma das séries mais populares que já existiu: Gossip Girl está de volta! O piloto já mostrou que não há nada melhor do que uma rede de fofoca na era da tecnologia, onde a cultura de cancelamento está ‘em alta’ e ser influencer é um meio de se manter popular.
Para quem foi fã assíduo da versão original, lançada em 2007, pode esperar grandes referências e a mesma essência da nesse reboot. Nate Archibald, Dan Humphrey, Serena van der Woodsen, Blair Waldorf e Chuck Bass são citados nesse primeiro episódio, o que mostra que o legado dos alunos da Constance e St. Judes continuam vivos na cabeça dos novos personagens.
A série não perdeu a essência e é notável que os tempos são outros, levando em consideração que nas primeiras temporadas da trama original, Blair Waldorf mandava e-mails de seu Blackberry, nesta versão, podemos acompanhar jovens influencers, preocupados com debates sociais, queers e com muito poder para fazer suas vontades.
Você ainda tem o glamour da moda, a escadaria da The Metropolitan Museum of Art e uma nova ‘Queen B’, muito menos malévola e diferente dos padrões que estamos acostumados a ver em uma protagonista. Julian Calloway, a garota mais popular da Constance, é uma garota preta e careca, muito diferente de Blair Waldorf, ela se mostrou gentil no primeiro episódio e também mostrou que não irá poupar esforços para conseguir o que quer.
O que torna a trama ainda mais interessante logo no piloto, é que a nossa suposta It Girl, Zoya, é meia-irmã de Julian. Uma garota simples de Buffalo, que conversa com Julian por mensagens instantâneas há anos e finalmente vê a oportunidade de estar ao lado da irmã. É estabelecido neste primeiro episódio a clara rivalidade que existirá entre as garotas, que acompanham uma trama familiar gigante que só poderemos entender no decorrer dos episódios.
Muito diferente da original, que revelou quem realmente era a Gossip Girl nos últimos episódios, o reboot começou mostrando exatamente quem voltou com a rede de fofoca, o que gerou muitos comentários na internet, visto que um dos maiores dilemas vividos pelos fãs da série original foi descobrir quem estava por trás do famoso blog.
Muito diferente de uma Dan Humphrey, quem retorna com a Gossip Girl desta vez são os professores dos protagonistas, cansados de serem controlados por adolescentes poderosos, os professores se juntam para retomar ao poder. Mas como bem conhecemos a história, nada poderia ser entregue de mão beijada no piloto, né?
O que irá prender os antigos fãs é a essência que já conhecemos, o cenário e a trama que parece seguir um padrão muito próximo da série original. É importante lembrar que esse é um reboot da série e não um remake e, por mais que esperemos uma nova Queen B para nos ditar o que fazer e um novo Chuck Bass para trocar a amada por um hotel, não podemos esperar os mesmos personagens fazendo as mesmas loucuras.
Para quem não assistiu a primeira versão, vai perder algumas referências feitas pelos personagens mas nada que os faça perder a vontade de acompanhar a história. A trama promete conversar com o público, sendo uma série atual e que trata de temas e cenários atuais. Aliás, o piloto começa com o primeiro dia de aula após a quarentena pós pandemia mundial, em vários momentos são citadas referências de uso de máscara e aula remota.
O que podemos esperar desse reboot, além de, muita fofoca, mentiras, amigos não tão amigos, sede de poder e cenários marcantes é uma Gossip Girl totalmente repaginada, nada de blog e muito post no instagram, um finalização com o tão amado xoxo, Gossip Girl e muitos personagens interessantes. Vale a pena dar uma oportunidade para a série nova e esperar como irão desenvolver certas histórias e o fato da garota do blog ser anunciada nos primeiros minutos do piloto.
The Feminist Patronum 
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