Guy vivia uma vida bem monótona, acordava todos os dias para vestir o mesmo conjunto de sempre, comer a mesma comida de sempre e viver a mesma rotina de sempre em seu trabalho como caixa de banco.
Até que, em um belo dia, ele quebra a rotina ao esbarrar com a mulher de seus sonhos. E assim, como consequência milhares de possibilidades desenrolam e ele descobre que, na verdade, faz parte de um vídeo game e seu papel é ser apenas o figurante que está ali para apanhar e somar pontos aos verdadeiros jogadores.
Porém, esse mundo está prestes a ruir e ele pode ser o único capaz de salvá-lo

O título desse texto faz jus ao filme, Free Guy é uma enorme mistura de cenas de ação, comédia, um toque de romance e um enredo interessante do começo ao fim. E, nas mãos de um elenco de peso e ótima direção, o resultado final é um filme consistente e divertido em toda as suas quase 2 horas de duração.
Com Ryan Reynolds no papel de Guy, nosso representante dentro do jogo ao lado de Lil Rel Howery (Caixa de Pássaros), e Joe Keery (Stranger Things) com Jodie Comer (Killing Eve) como os principais do mundo real, você se diverte ao mesmo tempo que fica na ponta da cadeira torcendo, e também ao mesmo tempo que se choca com a quantidade de celebridades que aleatoriamente navegam pela história.
Até boa parte do filme eu não sentia confiança que algumas piadas funcionariam para todos, mas a última hora da história flui incrivelmente bem, inclusive é onde a maior parte dos pontos positivos estão.
As várias participações especiais desse filme foi o toque final para fazer a audiência sair do filme 100% extasiado, uma vez que, pelo menos falando por mim, não esperava boa parte dos nomes e por isso não vou estragar a experiência de vocês enumerando quem deve esperar. Mas vá preparado para viver reações em alto e bom som.

Somando tudo isso, o filme ainda entrega um roteiro pelo menos consistente, um enredo interessante e bons efeitos especiais que te convencem que toda a história contada poderia ser algo real. Shawn Levy, também diretor de nomes como Stranger Things, Uma Noite No Museu, Doze é Demais e Gigantes de Aço, sabe o que faz e usa bem todos os nomes que conquistou para Free Guy.
Pelo fato da ação principal acontecer dentro de um jogo, o filme tem passe livre para brincar com o bizarro, com impossíveis lutas e referências que, se estivéssemos vendo um filme que não do grupo Disney, jamais seriam possível de acontecer. Essas referências elevam a experiência para outro patamar, isso eu posso garantir.
E não podemos encerrar esse texto sem mencionar a performance do recém vencedor do Oscar, Taika Waititi, como “o grande vilão” do filme. Waititi é Antwan, dono da empresa desenvolvedora do jogo Free City (algo similar ao GTA sem tanta violência) e a pessoa que rouba o trabalho de Keys (Keery) e Millie (Comer) para lucrar com a sua versão mais comercial do jogo. Enquanto dentro do videogame acompanhamos o desenrolar de Guy descobrindo a verdade sobre si, no mundo real é onde o assunto fica mais sério envolvendo temas como a ética de grandes empresas com seus funcionários e abuso de poder dos donos das organizações.

Um elenco de peso para te levar ao cinema (ou ao seu serviço de streaming mais próximo depois dos 45 dias exclusivos das telonas), e um enredo que se garante na responsabilidade de proporcionar um bom momento ao espectador.
Free Guy chega aos cinemas brasileiros em 19 de Agosto.
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