Durante uma missão no planeta Madrigal, o soldado Master Chief (Pablo Schreiber) descobre que possui uma estranha conexão com o artefato quase religioso dos Covenant, raça alienígena que está em conflito com os seres humanos.
Essa conexão pode se provar a forma mais eficaz para que os humanos vençam a guerra que cada vez mais ganha força, e dizima grandes populações ao redor da galáxia.
O Halo são anéis valiosos capazes de pender a balança significantemente para um dos lados dessa batalha, mas conquistá-lo e acessá-lo não será uma missão simples.

A primeira temporada da adaptação de um dos jogos de tiro de ficção científica militar mais famosos de todos os tempos chega ao fim no Paramount+ na última quinta-feira (19).
Após bater o recorde de audiência no streaming, Halo, produzida por Steven Spielberg, conclui sua primeira jornada com ótimos visuais, bons efeitos especiais e uma cenografia de tirar o folego, mas se perde no momento de estabelecer qual a sua jornada e onde gostaria de finalizá-la.
Onde o que começa com Master Chief ao lado da Dra Halsey (Natascha McElhone) buscando desvendar as possibilidades que envolvem o artefato, a série também inclui em seu enredo a história de Kwan Ha (Yerin Ha), uma jovem garota que assistiu sua cidade natal ser massacrada logo no primeiro episódio e é a única sobrevivente. O roteiro não sabia exatamente o que fazer com a personagem após este momento e a envolveu em uma jornada ao lado de Soren (Bookem Woodbine), ex Spartan da equipe de Chief, para utilizar da oportunidade e nos apresentar o caos político que assombra os planetas de habitação humana. Porém, essa jornada se estende ao longo de vários episódios ao invés de focar nela por um único momento, tornando suas cenas cansativas e indesejadas.
É nítido que a parte mais interessante da série está no núcleo Master Chief – Halsey – os Covenant, e nesse quesito o roteiro funciona bem mesmo que alguns ajustes finais em relação a estrutura da temporada seriam apreciados. A primeira temporada de Halo foca na humanização dos personagens onde, os que começam como brutos e guerreiros, terminam com algo próximo a ser uma família. Neste conceito, a série nos faz questionar com frequência se os humanos são a solução ou na verdade o motivo para os conflitos ao redor da galáxia.

Apesar de não ter sido uma temporada exatamente aprovada pelos fãs dos jogos e até mesmo alguns dos criadores do conteúdo original, Halo consegue conquistar novos públicos quando foca em trazer reflexões e falar sobre sentimentos. Diferente dos jogos onde Master Chief permanece anônimo debaixo do capacete, na série do Paramount+ descobrimos muito sobre o personagem ao longo dos 9 episódios.
E a série ainda entrega um dos melhores visuais e cenas de ação até então no episódio final, Transcendência, onde, apesar de não ter sido uma finale que faça jus aos bons (e alguns satisfatórios) 8 episódios anteriores, as cenas de luta simulam a situação onde um jogador tem a visão que o personagem está tendo de dentro do capacete, somada a dança entre as câmeras exteriores, ficou um efeito empolgante de assistir.
A segunda temporada já está confirmada, vamos aguardar para descobrir o que a Paramount+ fará com todos os aprendizados desta primeira temporada, levando em consideração o material de incrível potencial que possui em suas mãos.
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