A entrevista que o mundo todo esperava, finalmente aconteceu: Oprah Winfrey recebeu Viola Davis.
Num encontro memorável a jornalista e apresentadora Oprah fica de frente com a atriz e produtora norte-americana Viola Davis. Vencedora de um Oscar, um Emmy Award e dois Tony Awards, alcançando a Tríplice Coroa da atuação. A homenageada do festival de Cannes deste ano, que recebeu o prêmio Women In Motion, já foi considerada pela revista Time uma das 100 pessoas mais influentes do planeta em 2012 e em 2017.
No pequeno documentário de 48 minutos Viola revela detalhes de seu passado, sua história, fatos esses que a levaram a escrever o livro Finding Me: A Memoir, lançado em 26 de abril e ainda indisponível no Brasil.
O encontro de milhões, protagonizado por duas referências de mulheres negras da televisão, foi marcado por muita emoção. Não foi tão carregado em detalhes pois o real objetivo era a promoção de Finding Me, à época ainda estava indisponível nas livrarias norte americanas. Porém, o formato à la Oprah de conduzir uma entrevista não foi deixado de lado, fazendo – em vários momentos – que Viola respire fundo para conter as lágrimas que estavam se formando.
Até que Finding Me: A Memoir tenha tradução no Brasil, conseguimos nos conectar com o passado de Davis, desde sua infância. A relação com seus pais e irmãos. Relatos de racismo na escola e em momentos da vida. A pobreza vivida, quase que semelhante ao vivido por Sarah M. Broom, em A Casa Amarela. A representatividade de seus personagens em sua vida pessoal. Ao momento da crise existencial (ao longo dos anos) que quase a fez desistir de seguir na carreira de atriz, conhecendo a carreira dela hoje, um ato quase que inimaginável.
Quem está de fora acha que todo reconhecimento de vida e carreira da atriz a inibem de ter problemas corriqueiros de qualquer ser humano. A conversa é tão envolvente que não reparamos no tempo passar, uma verdadeira aula de sensibilidade e, com certeza, só trás o desejo de mergulhar na leitura e conhecer os pormenores da vida de uma das melhores atrizes negras existentes.
The Feminist Patronum 
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