Em 1986, Top Gun – Ases Indomáveis foi lançado nos cinemas com uma proposta interessante: uma aventura nos céus.
Tom Cruise deu vida a Pete “Maverick” Mitchell, um piloto de caça de elite conhecido por ser incrivelmente talentoso e ousado, ao mesmo tempo que é irresponsável e nada fã de regras. Ainda sim, ele e seu parceiro de voo, Nick “Goose” Bradshaw (Anthony Edwards), são chamados para se juntarem a TOP GUN, a melhor escola da Marinha dos Estados Unidos.
Em Top Gun: Maverick, Pete está de volta a TOP GUN com um propósito: ensinar a nova geração de pilotos a serem capazes de concluir uma missão de extrema importância que, para qualquer outra pessoa, ela seria impossível, para a teimosia e insistência de Maverick não.
Mas as coisas não podem ser tão simples e um dos alunos é Bradley “Rooster” Bradshaw (Miles Teller), filho do antigo (e falecido) parceiro de Pete, que o culpa amargamente pela perda de seu pai.

Em um filme que respeita e honra seu primeiro volume, mas que sabe como seguir em frente e se adaptar a nova realidade, Top Gun: Maverick já está na disputa para se tornar um dos melhores lançamentos de 2022.
Em Maverick vemos muitas consequências do filme de 1986, como a dor ainda palpável da perda de Goose e como isso reflete no seu relacionamento com Rooster, a parceria formada entre Maverick e Iceman ao longo dos anos e até mesmo o fato de que, mesmo após 30 anos trabalhando para a Marinha, Pete ainda é apenas um capitão, e por vontade própria.
Mas ainda sim, este é um filme feito sob o efeito da frase “é hora de deixar o passado ir embora” e é aí que está a sua maior força. Enquanto Ases Indomáveis é uma propaganda militar descarada, Maverick mesmo que também abrace o lado patriótico da coisa, neste esse detalhe não é mais o foco, e sim as relações interpessoais entre cada personagem.
Não a toa o filme abusa de todas as habilidades que Tom Cruise possui. Seja nas cenas de ação impecavelmente coreografadas ao ponto de subir a tensão do filme no limite do possível, quanto revirar as emoções do personagem com as infinitas homenagens que ele presta a seu antigo parceiro, ou quando Iceman aparece em cena interpretado novamente pelo próprio Val Kilmer, que, na vida real, vem lutando contra um câncer de garganta bravamente, e infelizmente perdeu a voz. A volta de Kilmer, inclusive, foi um dos fatores essenciais para que Tom Cruise topasse fazer este novo Top Gun.
No fim das contas, as justificativas do filme talvez sejam o seu único problema, uma vez que é óbvio que uma pessoa não sobreviveria aos acidentes e as probabilidades que Maverick sobrevive. Falando abertamente, não é algo que incomode ao ponto de estragar a experiência, principalmente porque a história no geral por si só já exige um nível de “relevar” detalhes desde o lançamento do primeiro.
Top Gun: Maverick ainda conta com uma trilha sonora de respeito, com a canção tema de Lady Gaga, Hold My Hand, tocada de diferentes formas ao longo do filme, e composições de Hans Zimmer. Sim, o mesmo Hans Zimmer de Piratas do Caribe, Duna e Interestellar. Vamos dizer que tem tudo para essas mesmas canções darem as caras no Oscar do ano que vem.
Top Gun: Maverick está nos cinemas desde 21 de Maio. Não deixe de viver essa experiência nas telonas!
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