Crítica | Homem Formiga e a Vespa: Quantumania

Uma aventura autocontida que conquistará a maior parte do público

Já é de conhecimento geral que os filmes do Homem Formiga possuem histórias mais deslocadas do que as dos outros filmes do universo Marvel, além de serem grandes pontes do que há por vir na MCU. Este novo filme não foge muito dessa linha, na realidade, ele amplifica e torna grandioso DEMAIS esse roteiro a ponto de você esquecer que ela esta acontecendo em um mundo mais que microscópico.

Inclusive, esse roteiro se torna muito pouco criativo e original quando se percebe que a aventura apresentada segue as mesmas regras e clichês de filmes como ‘Star Wars’ e ‘Mundo estranho’ – que porventura é a mais recente animação da Disney – que consistem em personagens que caem separados em um mundo com criaturas que, a princípio, se demonstram super ameaçadoras, mas no fundo só estão lutando contra um poderoso ditador que esta exterminando este local e, por coincidência, apenas nossos heróis podem lidar com esse problema. Infelizmente não é possível dizer que esse é um dos maiores defeitos do longa pois ele depende de uma coisa muito específica: Você, como espectador, se importa mesmo com essa repetição? Caso a resposta seja não, posso garantir que a sua experiencia geral com o filme será bem mais satisfatória do que a de quem se incomoda com essas convenções.

Por outro lado, essa aventura tem momentos muito mal compostos pela edição. Nota-se muito este ponto no primeiro terço do filme, onde há a intercalação de dois núcleos que sofrem com cortes anticlimáticos – Cortes esses, que seriam o equivalente de você estar dormindo no escurinho e alguém entrar acendendo a luz. Já no terceiro ato temos pelo menos 3 momentos de alívio seguidos do retorno de alguma grande ameaça do filme, tornando essa parte repetitiva e chata, afinal você sabe que os “mocinhos” não estão realmente a salvo e que a qualquer instante teremos uma “lutinha” com câmera tremida (aliás, isso é muito presente ao longo da trama e consegue testar bastante a paciência de quem assiste).

Agora, ao falarmos das atuações, os parabéns e destaques vão para os atores Jonathan Majors (Kang, O conquistador), Paul Rudd (Scott Lang) e Katrhyn Newton (como Cassie Lang) que imprimiram na tela muito de seu carisma, imponência e química na dose certa. Majors encarna uma versão de Kang que consegue se impor como um homem persuasivo e bastante perigoso, enquanto Rudd e Newton entregam uma relação bonita de pai e filha sem perder a essência dos seus personagens, além de apresentar uma nova heroína (Cassie) de maneira harmônica com a história (diferente da Coração de ferro, em ‘Pantera Negra: Wakanda para Sempre’). Em contrapartida, Evangeline Lilly (Hope), Michelle Pfeiffer (Janet) e Michael Douglas (Hank Pyn) são reduzidos a meros momentos de heroísmo e alavancadas de roteiro, algo triste se você lembrar que o nome do filme é ‘Homem formiga E A VESPA’.

Em suma, Quantumania está longe de ser uma obra incrível ou algo relevante para a as novas fases da Marvel, novamente encontramos uma história autocontida que serve apenas para fornecer um pedacinho (de nada) do que ainda esta por vir. Pelo menos, esse filme ainda consegue divertir o público.

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