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Star Wars: The Bad Batch | Segunda temporada traz discussões mais sérias para a série

Após a queda da República, os Clones passaram a ser considerados de alto custo e baixo retorno para o Império, mesmo tendo dedicado suas vidas inteiras na última guerra.

Em sua primeira temporada, The Bad Batch, animação mais recente do universo de Star Wars, focou na dinâmica entre os personagens da Força Clone 99 (na voz original de Dee Bradley Baker) junto de Omega (Michelle Ang), a jovem Clone que viveu experimentos diferentes dos outros. Com o relacionamento do grupo estabelecido e a saída de Crosshair como definitiva, a segunda temporada chega com responsabilidade de andar com a história, em especial, indo além do fato deles estarem constantemente fugindo do Império.

Divulgação: Lucasfilm

De fato, os 16 novos episódios de The Bad Batch elevou o enredo para um novo e completo diferente patamar. Apesar de ainda possuir seus momentos mais leves e episódios “filler”, a história em si é centrada na revolta dos Clones enquanto eles percebem que o Império está encontrando formas, inicialmente, sutis de se livrar deles e, posteriormente, com formas não tão sutis e bem mais violentas.

Inclusive, Dave Filoni e Jennifer Corbett não mediram esforços em deixar clara a crueldade do Império. The Bad Batch permanece para maiores de 12 anos, então a violência não é explicita e segue o modelo já conhecido da primeira temporada, mas as discussões estão mais sérias, a tortura mais evidente, e o fato dos Clones sempre serem escravos da República agora é dito em voz alta, diferente do quanto The Clone Wars tentava mascarar ou até romantizar o fato.

A segunda temporada de The Bad Batch também deixa sua marca por continuar a jornada que vemos Star Wars construir em suas últimas produções: como Palpatine sobreviveu? Onde e quando ele começa a clonar a si próprio? Os bastidores do Império e seus protagonistas nunca foi tão mostrado no detalhe como nos últimos anos, seja em Andor, The Mandalorian, The Bad Batch e, muito provavelmente também em Ahsoka.

Omega não é mais a garota ingênua da primeira temporada e a série não mais foca tanto no relacionamento dela com Hunter, algo incrivelmente positivo, pois agora tivemos a oportunidade de vê-la se aproximando e criando vínculos com os outros membros da Força Clone 99. A segunda temporada também marca o retorno de nomes já conhecidos como os Clones Rex e Cody (sim, aquele que estava esquecido desde A Vingança dos Sith), além de introduzir novos mocinhos e vilões, como o cientista responsável pelo projeto de clonagem do Imperador.

Crosshair também cresce muito com o novo destaque que recebeu. O roteiro se esforça para dedicar os melhores episódios da temporada mostrando como ele passa a enxergar as injustiças que os Clone estão vivendo e as aspirações vilanescas dos novos líderes que ele jurou proteger. Considerando como a primeira temporada termina e Crosshair era fortemente o personagem que você poderia contar para dizer “bons soldados seguem ordens“, não é a toa que seu arco é de longe o melhor da segunda temporada.

Superior em relação a primeira temporada seja pela qualidade técnica aperfeiçoada ou pela melhora significativa dos enredos, a segunda temporada de The Bad Batch é uma reflexão direta da nossa própria situação política e até mesmo humanitária mundial, onde os episódios finais são dolorosos e com pontas abertas. Estamos torcendo pela renovação da série!

A segunda temporada de The Bad Batch já está completa no Disney+

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