O Ministério da Saúde registrou que a cada 4 minutos, uma mulher é agredida por um homem e 76,4% o conheciam e ocorreu em casa. Com o isolamento social atual, devemos nos preocupar.

Como a maioria das agressões contra a mulher ocorrem dentro de casa, com o confinamento social, torna-se imprescindível falar sobre como isso afeta a vida da mulher, uma vez que o agressor e agressores em potencial ficarão mais tempo dentro de casa.
A ONU Mulheres no Brasil, em 20 de março, alertou que o enfrentamento à COVID-19 influenciaria diferente mulheres e meninas, pois haveria desde a sobrecarga das atividades domésticas até o ato de agressão moral, física ou sexual dentro de casa.
- No RJ, o plantão judiciário registrou um aumento de 50% nos casos de violência doméstica.
- Em SP, de acordo com o CAOCrim e MPSP, houve o aumento de 30% dos casos.
- A Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres anunciou aumento de 17% nas denúncias do começo ao fim de março.
Segundo Samira Bueno, diretora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pesquisadora, o aumento do consumo de bebidas alcoólicas e problemas socioeconômicos com a perda de renda contribuem para o aumento dos casos.
Se a maioria das vítimas moram com seus agressores, as denúncias são feitas?
Nos EUA, segundo o New York Times, na linha de denúncia, houve diminuição nas ligações. Segundo responsável por essa, as agressões e abusos continuam ocorrendo, mas o cenário dificulta a denúncia.
Nesse sentido, um dos motivos para os casos em Santa Catarina, por exemplo, terem reduzidos em 65% no número de denúncias, poderia ser a dificuldade que as vítimas estão enfrentando para realizar as denúncias quando o agressor está no quarto ao lado.
Onde recorrer?
– Central de Atendimento à Mulher: 180
– Delegacias de Defesa da Mulher
– Casa da Mulher Brasileira
– Centros de Acolhimento
– Aplicativo de denúncias contra a violação de direitos humanos para Android: ‘Direitos Humanos BR’.
– Policia Militar: 190
Além disso, o Tribunal de Justiça de São Paulo lançou “Carta de Mulheres”. Nele, vítimas ou qualquer pessoa que queira ajudar podem acessar o formulário em: http://tjsp.jus.br/cartademulheres.
Profissionais da Comesp orientarão a pessoa que está denunciando sobre como proceder.
Fontes utilizadas
Djamila Ribeiro: https://bit.ly/3bgbj0n
Justificando: https://bit.ly/2RJLjTm
Carta Capital: https://bit.ly/2K8IGWX
Folha de S. Paulo: https://bit.ly/3bkrObH
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