Crítica | Little Voice

Com uma história digna de um episódio de ‘Modern Love’, a primeira temporada da série Little Voice, inspirada nas canções de Sara Bareilles (que também é a produtora executiva), é um conforto em tempos conturbados.

A trama conta a história de Bess King (Brittany O’Grady), uma talentosa cantora que sofre com a timidez e insegurança para se apresentar em público. Com a veia artística, a jovem que se desdobra entre quatro empregos para ganhar dinheiro enquanto escreve todas suas ideias e sentimentos em um caderno de composições.

Ambientada em Nova York, a produção descrita como “uma carta de amor sobre a diversidade musical”, mostra o charme da cidade que exala arte por suas famosas avenidas que já foram cenários de diversas obras, como ‘Friends’, ‘Seinfeld’ e ‘How I Met Your Mother’. Aqui, a cidade que nunca dorme traz a magia necessária para a trama que navega por romance, rejeições, relações familiares complicadas e a vontade de alcançar seus sonhos.

Com a produção de J.J. Abrams, o roteiro de Jessie Nelson apresenta uma narrativa honesta e com representatividade. Enquanto tenta deixar o medo de lado para conseguir fechar o contrato com uma gravadora, Bess também se compromete em estar sempre presente na vida do irmão Louie (Kevin Valdez), um rapaz autista e completamente apaixonado pelos musicais da Broadway, que está se adaptando a vida independente.

Além das paisagens encantadoras, a direção de fotografia também merece os devidos créditos por nos transportar diretamente para o mundo intimista da personagem, de forma completamente aconchegante. Com um toque que lembra a ‘Mesmo se Nada Der Certo’, a trilha sonora assinada por Sara Bareilles, que faz uma aparição digna de Stan Lee, faz jus a sua carreira cheia de sucessos, como o hit ‘Love Song’, e promete emocionar. ‘Little Voice’, inclusive, é uma referência ao primeiro álbum da artista, lançado em 2007.

O grande diferencial da série é não glamourizar a vida da protagonista buscando ascensão e reconhecimento. Entre as músicas que carregam profundos desabafos sobre as dificuldades, os episódios abordam temas como discussões de gênero, orientação sexual, alcoolismo, assédio, vício em drogas e homofobia.

Infelizmente, a plataforma de streaming investiu tanto em ‘The Morning Show’, que foi um dos grandes destaques do Emmy 2020, que deixou a divulgação da produção em segundo plano. Com 9 episódios de cerca de 30 minutos cada, Little Voice pode ser considerada um cristal escondido no catálogo da Apple TV+.

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