Amir é um descendente de iranianos que vive nos Estados Unidos, ele tem todas as características do povo árabe e sua família segue o islamismo.
Desde cedo ele precisou aprender que não iria pertencer 100% ali, e por isso, a perspectiva de sua formatura no ensino médio em menos de um ano e sua ida à faculdade nunca pareceu tão atraente. Mas o fato dele ser árabe não é o único motivo de levar ele a querer desesperadamente estar longe. Ele também é gay, não que alguém saiba disso.
Até que seu segredo é descoberto e ele recebe uma ameaça claríssima: ou ele paga para mantê-lo, ou seus pais saberão a verdade.
Vamos dizer que… quando o prazo chega ao limite, ele simplesmente entra em um avião rumo à Roma, sem pensar muito e sem planos sórdidos. Ele simplesmente precisa se afastar de tudo e todos.
Foi Assim Que Tudo Explodiu conta uma história baseada em fatos reais em um livro curtinho porém divertido e extremamente inteligente.
“É um privilégio tão grande, sabe? Poder ser você mesmo sem precisar fingir.”
Por ser quase uma auto biografia, Arvin Ahmadi escreve com tanta firmeza que é impossível não se apaixonar pelo personagem mesmo quando ele não toma as melhores decisões, e você se vê dividido entre querer que ele volte mas ao mesmo tempo querer acompanhar seu auto descobrimento na Itália, rodeado de pessoas incríveis e muito importantes para sua jornada.
Acho que poucos que lerão essa resenha vão entender quando digo que me identifiquei DEMAIS com essa história. As piadas xenofóbicas feitas por outros alunos porque Amir é árabe, os apelidos por trás do “era só uma brincadeira”. Nada mais batido do que um “não deixe ele nervoso” acompanhado de uma risada irônica, “vai que ele explode”.
Você ri pela forma como o autor narra, mas se pega olhando para o lado e pensando sobre a triste realidade narrada.
Um livro sobre descobertas e sobre família, mas acima de tudo um livro sobre amor.
NOTA: 5 ⭐ – definitivamente um livro que você deve ler.
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