Que assistir Queer Eye costuma fazer bem, todos que conhecem a série já sabem. Porém, em um mundo onde ainda estamos lutando contra a COVID-19 e suas variantes, a série, conhecida por ajudar as pessoas a “recuperar quem elas são“, ganha uma responsabilidade maior enquanto gravada durante a pandemia.
Queer Eye 6 chegou à Netflix em 31 de Dezembro com uma mensagem clara: que busca ser o sopro de esperança para a nossa nova realidade ainda em adaptação. Ainda muito difícil.
Para quem não conhece a estrutura da série, Queer Eye da Netflix é uma nova versão da edição de 2003, famosa por ajudar homens heteros a organizar a sua vida com o olhar da comunidade LGBTQIA+.
A versão da Netflix é mais ampla, abrangendo absolutamente qualquer pessoa que pedir ajuda (ou no caso, ser indicado por alguém). São 5 pessoas à frente, 4 homens gays e 1 pessoa não binária, ajudando seus heróis, como são chamados os indicados, a recuperar aquele brilho no olhar que foi deixado para trás por algum motivo.
Especialistas em vestuário, aparência, culinária, design de interiores e cultura (mais como um psicólogo), a nova temporada de Queer Eye teve seu início das gravações em Março de 2020, quando a pandemia estava razoavelmente no começo, onde porém, como boa parte das gravações ao redor do mundo, precisou ser interrompida e retomada apenas na metade de 2021.
Com isso, logo no primeiro episódio, vemos com grande baque o efeito da pandemia na vida dos heróis selecionados.
Uma mulher que perdeu mais de um familiar/amigo para a COVID-19, um homem que ajuda desabrigados, uma descendente de asiáticos que quase fechou as portas de seu restaurante por causa da violência e preconceito contra seu povo durante a pandemia, uma médica que torna testes e vacinas acessíveis a todos, uma dona de fazenda onde cuida e abriga animais e crianças com deficiência, e por aí vai.
10 episódios no Texas com histórias e ensinamentos extremamente valiosos, onde não mais os 5 Fabulosos estão apenas ajudando a pessoa em si, mas como consequência, seus projetos, crenças e parceiros também.
Mudanças bem vindas em tempos difíceis.
The Feminist Patronum 
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