Assistimos The Batman, e viemos contar um pouco sobre nossas impressões sem spoilers.

No geral, The Batman é um filme denso, o Charada tem essa característica, portanto seria inviável se não acontecesse dessa forma. São muitos plots durante a trama e – do mesmo modo – muitas informações para processar, então as [quase] três horas de duração são justificáveis, não para resolver todas, mas levar o espectador a compreender, pelo menos, o plot principal.
Diferente dos mais recentes filmes do Morcego (A trilogia do Nolan e até mesmo Batman vs Superman), este não é um filme de origem, tendo a vantagem temporal de um Batman já consolidado em Gotham, sem a necessidade de contar toda aquela história que já estamos cansados de saber: o que fez o Bruce Wayne adotar as sombras e criar um símbolo, o Batman.
Aqui, também foram exploradas origens diversas para certos personagens, uma repaginada, que contribuiu ao tom sombrio, violento e investigativo que o filme carrega. No Universo da DC como um todo há uma vasta gama de personagens, que são pouquíssimo explorados, sempre são “reaproveitados” os mesmos símbolos e colocados de lado grandes nomes.
Na obra de Matt Reeves, houve boa exploração de personagens tradicionais e importantes do universo de Batman que há bastante tempo não vemos nos filmes, as famílias Falcone e Maroni, inclusive a presença do Pinguim e, claro, o Charada.
Nos últimos meses e semanas saíram vários teasers e trailers, mas nenhum foi tão revelador da forma que vimos em Liga da Justiça (2017), o suspense e mistérios são pontos fortes.
As coreografias de luta são precisas e embora carregue algumas das histórias mais pesadas do Personagem (e ainda retratado durante o Halloween), não há violência gratuita, chegando a ser um pouco mais leve que o Batman do Christopher Nolan. Perseguições de carro (Batmóvel) e moto também entram nesta linha.
Além de tudo isso, conta com uma excelente fotografia, com a escuridão óbvia adotada pelo personagem (mas que o espectador consegue enxergar) e o alaranjado do fim de tarde que gera contraste, e em certo aspecto até leveza à toda brutalidade de Gotham.
Outro ponto positivo é a maquiagem/caracterização dos personagens, com destaque ao Colin Farrell completamente irreconhecível como Pinguim.
Robert Pattinson e Zoë Kravitz como Batman e Catwoman respectivamente, tiveram ótimo entrosamento entre si e com os personagens que representaram. Paul Dano entregou um Charada/Edward Nashton, bem intenso, até com aspectos do Bane.
The Batman estreia dia 3 de março nos cinemas.
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