Anúncios

Crítica | Avatar: O caminho da Água

A continuação que tardou, mas entregou

Parece loucura querer retomar a segunda maior bilheteria da história (principalmente após 13 anos de seu lançamento), mesmo assim estamos aqui, em 2022, e o segundo filme de Avatar está prestes a estrear. Isso faz com que a curiosidade do público fique aflorada e suas expectativas se dividam entre nenhuma e muita. Será que vale a pena investir em um ingresso mais caro de uma sessão em 3D só para retornar ao mundo de pandora e suas criaturas azuis?

A resposta é…mais ou menos. É perceptível o motivo pelo qual o diretor James Cameron demorou tanto para realizar o longa, se ele tivesse persistido na ideia de lançar todos de uma vez um as chances dessa franquia não se tornar tão absurda era eminente. O diferença no CGI exemplifica isso, apesar de em seu antecessor os efeitos já serem bem acabados, agora ele estão magníficos, sério, a diferença gritante (e muito positiva) demonstra o avanço da tecnologia atual e relembra que ver um filme no cinema é muito superior do que ver um filme na televisão de casa, o mesmo se aplica ao 3D, que já não andava muito forte pré pandemia e agora não chega nem a ser cogitado pelo grande público, mas aqui, em Avatar 2, ele ganha sua força de volta e te convida a “mergulhar” junto dos personagens nesse caminho da água.

Infelizmente é em roteiro aonde vemos o “menos” aparecer. No início, o longa retoma (em forma de narração) o que aconteceu em seu anterior e contextualiza os acontecimentos ocorridos no intervalo entre eles, depois, mesmo conseguindo adquirir uma identidade própria, é clara a utilização da base de seu primeiro filme: forasteiros que precisam aprender os costumes e belezas que as tribos tem a oferecer intercalado com povo do céu destruindo a fauna e flora de pandora enquanto se divertem perante a desaprovação de seus cientistas. Há várias pontas soltas junta de mistérios, que servem para aquecer a vinda dos próximos filmes (algum comum em toda franquia) e subtramas que culminam em um final tão épico quanto ‘Titanic’ (e muito parecido também). Em contrapartida, o roteiro consegue fazer com que nos importemos com seus personagens novos e tem êxito em inserir subtextos que também servem para plantar a semente dos possíveis conflitos que teremos no futuro, uma pena que estes personagens também protagonizam muitos acontecimentos cíclicos que demonstram uma certa falta de criatividade na hora de criar seus pontos de virada.

Por fim, vale falar da trilha sonora, da mitologia e da espiritualidade que gira em torno desse mundo idealizado por James Cameron, esses (junto do design) criam um ambiente fantasioso e que fazem paralelos bem legais com os povos originários. Nesse segundo longa, conseguimos notar que o cuidado com os detalhes faz toda a diferença, são eles que carregam a mensagem principal do filme (que aqui gira em torno da família) e consegue tirar lágrimas de algumas pessoas que assistem.

‘Avatar: O caminho da Água’ estreia dia 15 de Dezembro nos cinemas.

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Anúncios

Site desenvolvido com WordPress.com.