Resenha VHS: Verdadeiras Histórias de Sangue

Em uma região do interior de São Paulo, coisas estranhas, suspeitas e sangrentas acontecem com bastante frequência.

Em Três Rios, uma locadora com medo de falir graças ao surgimento do DVD precisa se adaptar ao mercado e correr contra sua extinção. O mercado? Pessoas interessadas não apenas em alugar histórias fictícias, mas também em alugar as fitas que contém gravações reais de pessoas aleatórias. Em uma dessas gravações, uma história real de puro terror e cenas cheias de sangue estão ali registradas, o que fazer com essa história?

Enquanto isso, em outra cidadezinha, está chovendo sangue! O motivo? Um feito antigo e muito macabro assombra a cidade por anos e agora está finalmente ganhando forma contra os culpados por mortes inocentes. A cidade toda pagará pelo pecado cometido por um pequeno grupo de pessoas.

Mais tarde, um motorista de táxi tem certeza que foi parar em outra dimensão quando acidentou seu carro e causou a morte de duas pessoas. As câmeras da cidade dizem que ele simplesmente jogou o carro contra um muro propositalmente, mas como explicar o caminhão que surgiu dentro do hospital durante a noite para finalizar o trabalho que essa “dimensão” não conseguiu?

Em VHS: Verdadeiras Histórias de Sangue conhecemos contos que acontecem entre as cidades do lugarejo de Três Rios, entre 1985 e 1995, capazes de te deixar ao mesmo tempo tanto curioso quanto realmente assustado. Todas as histórias envolvem acontecimentos sangrentos e bizarros, a grande maioria sem explicação, enquanto outros casos a resposta parece ser óbvia demais.

Nas mãos do novo mestre do terror brasileiro, Cesar Bravo, VHS nos proporciona ótimas histórias, realmente envolventes, enquanto a Editora DarkSide Books nos entrega uma edição belíssima e muito bem elaborada de um livro que tem tudo para conquistar o coração dos leitores do terror.

Esse é um livro ao mesmo tempo extremamente visual, a edição conta com páginas de jornais, entrevistas de moradores das cidades, imagens e anúncios, a nostalgia da história é algo também presente, aqui vivemos desde as vídeo locadoras, filmes e músicas antigas, e a chegada dos primeiros aparelhos celulares. Ou seja, uma somatória de informações para tornar essa história não apenas mais uma leitura, e sim uma experiência.